6 de fev. de 2024

Roube um estilo de liderança.

Roube um estilo de liderança.

Rony Meisler

Decidi listar neste artigo os oito grandes aprendizados que roubei de líderes que admiro.

Eu não tenho um estilo de liderança, eu tenho vários que fui colecionando ao roubar boas práticas de líderes que admiro. E convivendo com alguns deles, descobri que eles faziam a mesma coisa.

Como ladrão que rouba ladrão tem mil anos de perdão, decidi listar neste artigo os oito grandes aprendizados que roubei deles:

1. Seja um “Chief Vassoura Officer”; Jack Welch dizia que como CEO ele foi um excelente CVO, apontando ao time qual era a visão, alinhando o interesse de longo prazo e, após isso, sua única tarefa era a de ir na frente do time varrendo do caminho as sujeiras que normalmente atrapalham o sucesso como burocracias, politicagens etc.

2. Na estrutura organizacional, desça sempre aprendendo e suba fazendo. Do genial Abílio Diniz roubei uma grande lição: Não são necessariamente aqueles que ocupam os cargos mais altos que melhor conhecem as empresas e sim aqueles que estão mais perto do cliente. Tenha uma agenda disciplinada de conversa e aprendizado com essas pessoas.

3. As pessoas não esperam que você seja perfeito, elas esperam que você seja honesto. A minha madrinha Luiza Helena Trajano costuma dizer que nunca tentou ser perfeita e sim sempre buscou aprender com os erros e não os repeti-los. O erro é o caminho para o acerto.

4. No mundo cada vez mais rápido no qual vivemos os processos devem ser “definitivos provisórios”. Nélio Bilate ex-executivo global da Renault/Nissan, que trabalhou diretamente com Carlos Ghosn, me deixou roubar dele uma valiosa lição: Quando uma empresa nasce, ela é insurgente, tendo maior apego pelos clientes e pela inovação do que pelos processos. Entretanto, com o crescimento, elas começam a engessar o seu processo decisório para garantir que nada seja feito sem ser controlado e isso mata a inovação. O Nélio me ensinou que os processos devem ser pensados para se adaptar as demandas daqueles que pagam as contas: os clientes.

5. Fazer o que é certo dá certo. Yvon Chouinard criou a Patagonia, a marca de moda mais incrível do mundo, e eu roubei dele a convicção de que o porquê uma empresa faz uma coisa é mais importante do que o que ela faz.

6. Se manter no topo é mais difícil do que chegar ao topo. O Bernardinho havia sido campeão com a seleção de vôlei em 2004 em Atenas e, após isso, o time passou por uma grande reformulação, perdendo diversas medalhas de ouro na sequência. Até que um dia seu filho Bruno lhe deu um conselho que mudou tudo: Não era a seleção que precisava mudar para ganhar e sim o próprio Bernardinho. Bruno percebeu que a geração havia mudado e, com ela, o perfil dos jogadores, que necessitavam de maior paciência e diálogo para aprender e evoluir. Aquilo foi o ponto de virada para o ouro olímpico em 2016 no Rio. Eu roubei do Bernardinho a ideia de que o líder precisa ter humildade para entender, que, às vezes, é ele quem precisa mudar e não o time.

7. Planilha e Power Point aceitam tudo. Eu havia pedido demissão de meu estágio em uma consultoria para empreender o sonho de ter uma marca de moda. Eu e meu sócio-fundador fazíamos “business plan” e projeções financeiras sobre o negócio que queríamos fundar, até que um dia meu pai pediu para ver nossa planilha. Segundo a planilha, nós venderíamos milhões de reais em poucos dias, e então meu pai e maior ídolo Luiz Meisler, VP Latin America da Oracle, nos deu um conselho, que para nós virou um mantra: Esqueçam essa planilha e vão para rua criar produtos incríveis, divulgá-los e vendê-los batendo, com humildade, na porta das pessoas. Quando vocês não souberem mais de onde estão vindo pedidos, vocês contratam alguém para fazer uma planilha bonita como essa para vocês.

8. Condições iniciais se estabelecem no começo. Muito se fala sobre a importância de uma agenda ESG. Entretanto, a lógica de prestação de contas sobre os resultados trimestrais, muitas vezes impede de tomar as decisões estratégicas de longo prazo, que os clientes cobram. E então, em 2009, Paul Polman assumiu como presidente mundial da Unilever e avisou aos acionistas da companhia, que deixaria de divulgar o lucro a cada trimestre, pois o planejamento estratégico da companhia não é criado a cada 90 dias. Usar essa periodicidade para divulgar resultados não faria sentido. A primeira reação do mercado foi de estranhamento e as ações caíram 8% no dia do anúncio, mas se valorizaram mais de 290% durante seu mandato.

O exercício que faço neste artigo é interminável e eu posso poderia passar horas listando todas as ideias que roubei de líderes inspiradores. Por que você não começa a roubar estilos de liderança? “Aprender com a experiência dos outros é menos penoso do que aprender com a própria”. Saramago

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