24 de nov. de 2023

Não tinha teto, não tinha nada.

Não tinha teto, não tinha nada.

Rony Meisler

Era uma vez um país menor do que o Sergipe (menor estado brasileiro), com clima desértico e solo pantanoso, condições muito adversas para o desenvolvimento agrícola.

Seus fundadores eram imigrantes, de minoria religiosa, extremamente pobres e sobreviventes de inúmeros atentados e violações humanas à sua existência, ao longo da história. Esse país foi fundado em 1948, há 75 anos, ao lado de países hostis e contrários à sua existência.

E hoje, diferente do que você deve imaginar, esse é um país democrático, livre e um dos mais desenvolvidos e progressistas do mundo. Possui 9 milhões de habitantes das mais diversas raças, religiões e gêneros, renda per capita de US$ 33,9 mil e PIB de US$ 254 bilhões.

Um país tão inovador que recebeu o apelido de “Nação Empreendedora”, em livro no qual os autores Dan Senor e Saul Singer se dedicam a explicar o milagre sócio-econômico chamado Israel. Segundo eles, Israel se tornou uma potência por seis motivos:

1. Imigração: Israel é uma nação de imigrantes que são, por natureza, pessoas mais suscetíveis à tomada de riscos, pois são corajosas e, na maior parte dos casos, não têm muito a perder quando iniciam seus negócios. Sobreviventes do holocausto, refugiados soviéticos, judeus etíopes, árabes e etc. Nove a cada dez israelenses são imigrantes ou descendentes de imigrantes. Essa diversidade imigratória faz de Israel um dos países mais resilientes do mundo e, por consequência, mais inovador.

2. Serviço militar obrigatório: Chegar aos 18 anos e servir às Forças de Defesa de Israel (IDF) é uma honra para a juventude (homens e mulheres) israelense e uma espécie de passaporte para a vida adulta da população. O serviço militar ajuda na formação de empreendedores potenciais por treiná-los em suas “hard” e “soft skills”.

Diferentemente do exército brasileiro ou americano, a IDF possui poucas regras hierárquicas e assim estimula que as pessoas improvisem e quebrem regras.

3. Incentivo público à ciência e tecnologia: 5% do PIB israelense é investido para estímulo à ciência e à tecnologia e ao fomento público de startups, número acima de qualquer outro país no mundo. Isso faz com que as maiores empresas de tecnologia do mundo construam laboratórios de inovação no país, assim formando milhares de profissionais que, por consequência, criam negócios disruptivos como o pen-drive, o firewall, o Waze e tantas outras inovações do mundo moderno.

Apesar de todas as adversidades, Israel se tornou o país com maior número de startups per capita do mundo e hoje possui mais empresas listadas na Nasdaq, bolsa de tecnologia americana, do que toda Europa, Japão, Índia, China, Coreia do Sul e Cingapura juntos.

4. Valorização do conhecimento: O empreendedorismo em Israel está diretamente ligado a cultura judaica, que valoriza e prioriza a educação e o conhecimento. Os judeus representam 20% de todos os prêmios Nobel já distribuídos sendo que representam apenas 0,2% da população mundial.

Todos os cidadãos israelenses, independente de classe social, recebem educação pública gratuita, bilíngue e de altíssima qualidade.

5. Ensino superior planejado: Em ciclo que se iniciou em 2016, o governo passou a investir US$ 2,3 bilhões anuais nas universidades do país, valor que corresponde a aproximadamente 75% dos orçamentos das instituições, ficando apenas 25% dos custos a serem pagos pelos estudantes.

6. Universidades empreendedoras: As empresas mais relevantes do mundo como Apple, Google, Facebook, IBM, Intel, Oracle, Microsoft e Motorola possuem em Israel (dentro e fora das universidades) alguns de seus mais importantes centros de pesquisa e desenvolvimento.

De AI a nanotecnologia, basta circular pelos campi das universidades e pelas startups israelenses, para perceber que propostas disruptivas para todas as possíveis áreas de negócios já estão enraizadas em seus laboratórios de inovação. Dentro das universidades existem “escritórios de transferência de tecnologia” com o objetivo de conectar essas inovações acadêmicas com o mundo empresarial.

Através da colaboração da universidade com a indústria, a farmacêutica Teva, por exemplo, desenvolveu o Copaxone, medicamento amplamente utilizado no tratamento da esclerose múltipla.

É muito louco pensar que há menos de 80 anos essa potência de inovação “Era a casa que não tinha teto e não tinha nada” e que nenhum país queria, nem mesmo os vizinhos que, após a criação de Israel, mudaram de ideia e tanto guerrearam pelo seu território. Se as principais matérias-primas do empreendedorismo são a liberdade e idealismo daqueles que o praticam, o sobrenome “empreendedor” é a prova real de que Israel é o único país verdadeiramente democrático e livre do Oriente Médio.

Ao invés da descontextualização ideológica, o Brasil deveria construir laços fortes e próximos com Israel. Indubitavelmente traria aprendizado sobre como construir um país mais justo socialmente e forte economicamente.

Am Israel Chai.

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