14 de mar. de 2025

Eu sou um bilionário

Eu sou um bilionário

Rony Meisler

Em 2020, vendi minha empresa e continuei como CEO por mais quatro anos trabalhando para a companhia que a comprou.

Foram anos de muito aprendizado, crescimento e sucesso - e sou grato por isso, mas no final desses anos eu não estava mais feliz.

Eu não me encaixava e não mais me sentia dono do meu tempo. E isso começou a afetar minha saúde.

Então no fim de 2024 tomei a importante decisão de encerrar o ciclo profissional e deixar a empresa que fundei 18 anos antes.

E foi aí que aconteceu algo incrível. Pela primeira vez em anos, eu tinha de volta o luxo de dias sem tantas obrigações.

Tempo para observar, refletir e concluir que as pessoas não estão apenas o usando mal como também valorizando pouquíssimo a maior de nossas riquezas: o nosso tempo.

Cheguei a 3 grandes conclusões:

Primeira: A busca pela hiperprodutividade transformou nossas vidas e agendas em um jogo infinito de Tetris. Trabalhamos enlouquecidamente para encaixar compromissos - muitos deles improdutivos - e quase não possuímos mais espaço para criatividade e espontaneidade na agenda.

Segunda: A overdose de dopamina diária das telas nos roubou o prazer de não fazer nada mesmo quando temos tempo para isso. O silêncio virou incômodo. O tempo livre virou culpa. E nós acabamos trocando momentos inesquecíveis ao lado de quem amamos por comparações sociais, FOMO [fear of missing out, ou medo de estar perdendo algo em tradução livre] e a sensação de que deveríamos estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

E a terceira e pior: Passamos a vida inteira trabalhando para acumular dinheiro sob argumentação de que aproveitaremos a vida na fase final dela, quando nos aposentarmos mesmo sem garantias de que estaremos vivos até lá.

A verdade é que, em vez de esperar, deveríamos microfatiar nossa aposentadoria. Nos aposentar toda semana, todo mês, todo ano. Qualquer coisa, menos deixar para o final da vida.

A prova real disso tudo para mim foi quando, depois do anúncio da minha saída da empresa, as pessoas não falavam sobre o nosso legado ou até se interessavam em saber como estávamos nos sentindo com aquela decisão. Elas apenas queriam saber qual seria nosso próximo negócio.

E foi aí que eu resolvi pegar carona nessa pressa social e comunicar algo que considero muito mais importante do que qual será meu próximo empreendimento.

Logo após deixar a empresa, eu e minha esposa Anny decidimos realizar um sonho antigo: viajar 30 dias com nossos filhos pela Califórnia. E, por consequência de todas as minhas reflexões, resolvi transformar essa viagem em um manifesto.

Gravei um vídeo caseiro, no meu celular, e fiz propaganda de lançamento de um novo clube de negócios que eu estaria lançando: o @DoingNothing.Club. E convidei geral pra vir junto de grátis me seguindo no meu clube de não fazer nada e curtir cada minuto de uma viagem incrível com minha família. E para quem quisesse abrir concorrência do meu clube: Welcome!

A ideia? Criar um paralelo entre a ostentação idiota que vemos todos os dias na internet e o que, de verdade, deveria ser motivo de ostentação: Criar e ter tempo livre e de qualidade para colecionar memórias com quem a gente ama.

E o que era para ser uma brincadeira virou uma explosão.

O vídeo viralizou. Um único vídeo caseiro fez com que o DNC ganhasse mais de 13 mil seguidores no Instagram e mais de 8000 inscritos em seu grupo do WhatsApp. Além disso, foram organicamente feitos dezenas de milhares de posts de pessoas compartilhando seus momentos de @DoingNothing.Club e nos marcando nas mídias.

Sem querer o DNC virou estilo de vida. E penso que isso aconteceu porque ele já estava dentro da gente. No nosso inconsciente. No espírito do nosso tempo. Eu só puxei a corda. E BUM!

A verdade é que somos todos bilionários. O ativo mais valioso do mundo não é o dinheiro. É o tempo. Eu tenho 43 anos e, se viver mais 50, terei 1,6 bilhão de segundos pela frente. Já parou pra contar quantos bilhões você tem?

As pessoas mais bem sucedidas que eu conheço são também aquelas que entre períodos de trabalho pesado e focado reservam espaço na agenda para não fazer absolutamente nada. É quando são mais criativas e saudáveis e de onde, não à toa, nascem suas melhores ideias.

Dito tudo isso, talvez seja uma boa ideia planejar seu ano e organizar sua agenda já deixando espaços de tempo reservados para você gastar um pouquinho dos bilhões que você tem guardado.

MÍDIAS DO RONY

Siga-o no Instagram!
Inscreva-se em sua newsletter!

Uma newsletter que explora insights e tendências sobre branding, marketing e estratégias de negócios, para ajudar você a construir marcas impactantes e relevantes.

Siga-o no LinkedIn!
Siga-o no Youtube!
MÍDIAS DO RONY
Siga-o no Instagram!
Inscreva-se em sua newsletter!

Uma newsletter que explora insights e tendências sobre branding, marketing e estratégias de negócios, para ajudar você a construir marcas impactantes e relevantes.

Siga-o no LinkedIn!
Siga-o no Youtube!
MÍDIAS DO RONY
Siga-o no Instagram!
Inscreva-se em sua newsletter!

Uma newsletter que explora insights e tendências sobre branding, marketing e estratégias de negócios, para ajudar você a construir marcas impactantes e relevantes.

Siga-o no LinkedIn!
Siga-o no Youtube!

Bora
falar?

Bora
falar?

Preencha o formulário com suas sugestões, ideias ou dúvidas e, em breve, farei contato pra te ouvir ;)