18 de nov. de 2022

Friedman estava completamente errado.

Friedman estava completamente errado.

Rony Meisler

Um negócio deve criar valor para todas as partes. Não se trata de ter propósito ou lucro, mas de perseguir propósito e lucro.

O Nobel de Economia Milton Friedman estava absolutamente errado quando em 13 de setembro de 1970 moldou o capitalismo atual ao argumentar em artigo no “The New York Times” que a única responsabilidade social das empresas é a maximização do lucro para seus acionistas.

Inventou-se ali o hoje conhecido como “capitalismo de shareholder” e a tese orientou governanças e gestões de empresas para um olhar de curto prazo, focado exclusivamente na maximização de lucros, qualquer que fosse o custo para a sociedade e para o meio ambiente.

Dadas as profundas desigualdades sociais e as graves questões climáticas do mundo contemporâneo, concluo que o modelo não deu certo. Friedman estava errado.

Por outro lado, liderados por Raj Sisodia, Jagger Sheren e David Wolf estavam corretos quando em 2007, a partir de um grande estudo acadêmico, descobriram que empresas como Starbucks, Whole Foods e Patagônia cresciam muito - e sem que fizessem investimentos exorbitantes em publicidade e marketing.

Conscientes de suas responsabilidades socioambientais, essas empresas possuíam um propósito claro e focado em todos os seus stakeholders: shareholders, colaboradores, consumidores, fornecedores, comunidades, meio ambiente e Estado.

Ao adotar essa meta, e entregando resultados, essas companhias colecionam seguidores de causas, em vez de apenas consumidores. E, por consequência, não apenas maximizam lucros como melhoram o mundo ao seu redor.

O professor Raj Sisoja e o empreendedor John Mackey, deixam claro no livro “Capitalismo Consciente” (HSM Brasil) que o propósito não é apenas um argumento de marketing e sim o modelo de negócios para empresas conscientes de sua responsabilidade para com todos os seus stakeholders. Para prosperarem a longo prazo entendem que o modelo deve ser “ganha-ganha-ganha” para a empresa, o consumidor e a sociedade. Nascia, assim, o bem sucedido “capitalismo de stakeholder”.

Um negócio deve criar valor para todas as partes. Não se trata de ter propósito ou lucro, mas de perseguir propósito e lucro. Um ajuda o outro a tornar a empresa mais relevante e praticar os pilares ESG.

Enxergo os governos como empresas conscientes, cujo propósito é o bem-estar social, sendo a responsabilidade orçamentária a sua fonte de investimentos para a entrega do propósito. Desequilíbrio fiscal pressiona inflação e corrói o valor dos benefícios da população mais vulnerável. Não existe uma coisa sem a outra.

Os conceitos do Capitalismo Consciente são comprovadamente eficientes. E não só podem como devem ser estudados e aplicados por empresas e governos na construção do país que tanto desejamos e merecemos.

PS: O movimento Capitalismo Consciente, do qual tive a honra de ser presidente por três anos (2017 a 2020), está há 9 anos no Brasil. Mais informações em ccbrasil.cc

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